segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Geraldo Pudim quer redução dos juros e valorização da poupança

Ao defender a imediata redução da taxa de juros no País, Geraldo Pudim (PMDB-RJ) afirmou que o primeiro passo para tirar o Brasil da crise e fortalecer os investimentos é desvincular o reajuste da dívida pública pela taxa Selic. “Se o País já tem uma dívida interna de mais de R$ 1 trilhão, o governo paga por cada 1% de juro a bagatela de R$ 10 bilhões”, calculou.
Na avaliação do deputado, a taxa básica de juros de um país não pode remunerar título público “porque não se pode quebrar o País para beneficiar especuladores com ganhos monstruosos”. Segundo Pudim, os fundos lastreados em títulos públicos ganharam cerca de R$ 10 bilhões só neste ano. No último mês de março, informou, os ganhos chegaram a R$ 4,61 bilhões.
O deputado lembrou que Anthony Garotinho, quando concorreu à Presidência do Brasil em 2002, já atacava o superávit primário (economia feita pelo governo para, em geral, pagar juros da dívida pública) que, para ele, representava saldo favorável aos especuladores.
Inadimplência - O spread bancário também foi criticado por Geraldo Pudim. Em 2008, informou, foram pagos R$ 134,5 bilhões em spread. A taxa, lembrou Pudim, é justificada pelos bancos como uma espécie de seguro ante o risco de inadimplência. “Mas o governo, honrando títulos públicos, nunca é inadimplente”, disse, ao avaliar que a crise brasileira está nitidamente nas altas taxas de juros. “Há um elemento especulador interno alavancado pelos bancos, que querem tirar proveito da crise, e o governo, em certos momentos, titubeia em enfrentar tais oportunistas, até destinando mais dinheiro aos bancos, na esperança de financiar o desenvolvimento e a produção”, criticou.
Poupança - Geraldo Pudim entende que há atualmente uma conspiração banqueira contra os aplicadores da poupança. Historicamente, afirmou, essa forma de investimento é o instrumento com o qual a classe média tenta se defender da corrosão inflacionária.
Além disso, completou o deputado, a poupança tem uma finalidade social, pois 65% dos recursos depositados são destinados ao Sistema Financeiro de Habitação, que inclui, além da construção de moradias, financiamento a obras de infra-estrutura e saneamento.
Agora, segundo Pudim, os bancos estão alardeando que os ganhos da poupança estão demasiadamente altos e acabarão provocando fuga dos aplicadores em títulos públicos para a poupança.

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