segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Geraldo Pudim defende projeto de Nação com prioridade para educação

O que falta ao Brasil é um projeto de Nação, no sentido de promover a construção da cidadania plena, com a inclusão social de todos os brasileiros, com prioridade de educação. Foi o que defendeu Geraldo Pudim (PMDB-RJ), que lamentou as oportunidades perdidas pelo País nas últimas décadas. “No elenco das nossas desilusões, temos o fato de deixarmos de ser a oitava economia do mundo para ocupar o 13.º lugar no ranking”.
Para o deputado, a falta de senso de oportunidade e a falta de um projeto de nação impedem o sucesso de qualquer proposta de crescimento econômico de curto prazo. “Segundo os especialistas, o desenvolvimento vem sendo impedido pela indisciplina fiscal e pela escassez de investimentos públicos em educação”, diagnosticou. Na avaliação de Pudim, se houvesse um projeto efetivo para o desenvolvimento do País, “um verdadeiro projeto de nação”, seria possível combater esses obstáculos e alcançar resultados diferentes dos atuais indicadores econômicos.
Um projeto de nação, segundo Pudim, deveria eleger como prioridade máxima um sistema de educação pública de excelência. “O primeiro passo é sufocar a ignorância e investir em instrução, formação e informação e, principalmente, conhecimento, pois nenhuma nação se consolida sem educação de verdade”, afirmou. O deputado lastimou a existência de milhares de crianças que ainda estão fora da escola no Brasil, seja por causa do trabalho infantil, seja por falta de transporte escolar ou até mesmo porque não existem escolas em vários lugares do interior do Brasil. “Que nação é essa que exclui as crianças da escola e impede que elas se tornem cidadãs?”, questionou.
Segundo sua análise, a falta de um projeto de nação é uma antiga lacuna, que não se limita a um governo específico. A seu ver, trata-se de um problema conjuntural que precisa ser combatido o quanto antes, independentemente de quem seja o responsável . Em sua opinião, sem políticas de investimentos maciços em educação, o País “continuará com este déficit histórico com a sua população”. Com a falta de investimentos, prosseguiu, o resultado “é uma média de 40 milhões de jovens fora da escola e 16 milhões de analfabetos plenos”, ilustrou.
Apesar de reconhecer os avanços na área de educação no Brasil nas últimas décadas, sobretudo após a Constituição de 1988, o parlamentar sugere um projeto continuado de aperfeiçoamento do sistema de educação, sobretudo com a valorização dos profissionais de educação. “É fundamental investir na boa formação de professores, bem como em cursos de reciclagem e, mais importante, em um nível de remuneração realista. Não há coerência em exigir-se excelência no ensino sem uma remuneração condigna. Não é possível associar um salário de 300 reais a um profissional da educação realmente motivado. Como pode alguém sentir-se motivado à formação de futuros cidadãos se não é tratado como cidadão?”, indagou.
O deputado parabenizou a população de sua cidade, Campos dos Goyatazes, que comemorou ontem (6) a festa de seu padroeiro, Jesus Cristo. “Não é toda cidade brasileira que tem Jesus como padroeiro de sua cidade”, disse.

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